8 de out. de 2010

LUIZ POETA EM FRAGMENTOS DE VOCÊS


Nessa divulgação semanal de nossos poetas, recebemos o carinho e homenagem do querido amigo Luiz Poeta que tanto tocou e enterneceu nossos corações.
A você nosso agradecimento.



Oi, Meninas ( e menino )...

A minha maneira de homenagear vocês foi ganhar o meu tempo retirando versos de cada um dos poetas deste grupo e remontar um poema a diversas mãos.
Desculpem, mas estava tão bonito que resolvi retirar um fragmento de suas almas.
Leiam e vejam como ficou.
Um beijo.
Luiz poeta



FRAGMENTOS DE VOCÊS

Maria Luíza Bonini, Maria Regina, Marilda Conceição,Olhos de Lince, Marilú Santana, Marise Ribeiro, Marly Caldas, Maria Diaz Fonti, Meg Klopper, Nancy Laurino, Neide Olieira, Nidia Vargas Potsch, Penhah Castro, Priscila Loureiro, Rivkah, Rogério Miranda



É assim que eu te amo...
No toque angelical da sinfonia bachiana
no toque dos pingos no telhado
na suavidade de minh'alma
Dentro do meu peito
Não importa a direção
Na vida pra lá e pra cá
Sorrindo na mesma rua
Pelas mãos da solitária nostalgia...

E eu acho que estou sonhando
Y usted lo sabe...
É singelo...
De criança,
um grande amor
De mãos dadas pela vida
Sempre em ti pensando a cada passo
com a ternura que um passarinho
Os toques nos permitem fortes sensações
que estavam escritas nas estrelas
com só uma voz a solfejar
em direção do amanha




DIVULGANDO NOSSOS POETAS



É ASSIM QUE EU TE AMO ...
Maria Luiza Bonini




No conflito do mais puro sentir profano
É assim que eu te amo ...

No diuturno cantar, que por ti reclamo
É assim que eu te amo ...

No toque angelical da sinfonia bachiana
É assim que eu te amo ..

Na poesia em que te proclamo
É assim que eu te amo ...

No incansável divagar constante e insano
É assim que eu te amo...

Mergulhando nas incertezas d'um escuro pântano
É assim que eu te amo...

Observando a vida, em todo o seu encanto
É assim que eu te amo...

Nesta alegria, em mim, por sentir-te tanto
É assim que eu te amo ...

SP. 02.08.10





Espero-te
Maria Regina


Espero-te na suavidade de minh'alma
que em mágica sinfonia vibra,
à espera daquilo que sempre buscou,
após longa procura, por sinais de meus caminhos;
Espero-te, e, hoje chegas, para
que deites tu'alma em meu olhar de doçura,
para fazer-te homem, que suplica vida
e a essência do maior sentir;
Espero-te, venhas sem medo,
quero-te como estás, efêmero viver.
Espero-te no caminho da esperança que resta,
imperioso e urgente esse amar,
em uma metade visível do infinito sentir,
e em sua outra metade o eterno desejar.
Espero-te como a brisa noturna, que chega
suave e silenciosa em gotas de orvalho,
no toque dos pingos no telhado.
Espero-te na incessante busca do não esvaecer,
do sorriso nos lábios e num olhar que encante,
não ocultando-me o ver-te plenamente,
num suave amar eternamente.





Tempo e Contratempos
Marilda Conceição

A distância furta nosso tempo.
Traídos fomos por contratempos.
Muralhas atravessam o mundo de nós dois,
roubando nossos doces momentos.

Sinto a ausência,
quebrando-te por mim o encanto;
dissipando em ti o sentimento.
E tu que disseste querer-me tanto!

Choro em silêncio o sonho que se esvai.
Derramo lágrimas invisíveis.
São lágrimas sentidas...lágrimas de saudade
que rolam em minh'alma, inundando o coração.

Dentro do meu peito
palpita um sentimento forte.
Não haverá barreira que o derrote.
É longa a espera!
Mas o sentimento a tudo resiste e supera.

Não haverá tempo, nem distância,
nem contratempos,
que leve esse sentimento tão forte,
tão puro e sublime à morte.

08/11/2003




Até quando... Até quando...
Marilda Diorio(OlhosDe£in¢e)

Jogam-se palavras ao mundo
Erguem-se pilastras de ira
Lágrimas em córregos da alma
Umedecem a terra que pisamos.

Segue-se a vida
Em tortuosas estradas
Curvas em desalinho
Apontam o inesperado da vida.

Norte, Sul, Leste ou Oeste
Não importa a direção
A violência estampa-se em nossos olhos
O pavor rouba a serenidade sonhada.

Crianças, jovens, velhos
Buscam a paz procurada
Encontram a fome, a miséria,
O desrespeito ao ser, teatros de hipocrisias
Em platéias de ausentes aplausos
Apenas semblantes tristes
Diante da verdade da justiça falha.

Os anos passam e a ipueira dos soberbos
Mistura-se ao suor de um povo
Cansado de presenciar a sarjeta
Banhada pelo sangue do inocente.

Mundo insidioso,
Mundo de quimeras perdidas
Mundo insano
Mundo doente
Impregnado de chagas em decomposição...

Até quando... Até quando...

Curitiba, 29 de maio de 2007
Às 20h35






Ser poeta...
Marilú Santana


Se eu sou poeta, não sei!
Sempre quis falar de amor
Na dúvida, tentando, amei!

Não só no chão eu apanhei
O vírus de um mero sentidor,
Também no céu onde andei!

Na vida pra lá e pra cá
Do “navegar é preciso”,
Espirro o meu poetar!

É tanta atribulação!...
Nesse eterno navegar
Que pensei em distração!

Pra quem falar ou não
Da viagem neste mar?
Aí pensei numa canção,

Cançoneta ou cantiga,
Qualquer coisa que diga
Que sou aprendiz a cantar!

E encantar-me no dia-a-dia
Lá no mundo da magia...
E, sabe o que encontro lá?

A minha dor e a tua...
Sorrindo na mesma rua
Mirando a lua no mar...

Acima de todos e de tudo
Eu, você, ELE e o mundo
Girando num só girar!

Se eu sou poeta, não sei!
Só sei que existe a poesia
E, sem ela eu morrerei!

Recife - 24/02/2008




Devaneio
Marise Ribeiro



Nesta hora em que enfim tudo se cala
E a chuva vai guardando seus gotejos,
Uma brisa, que nas pétalas ainda resvala,
Chega-me fria, trazendo seus cortejos...


É o momento sagrado da saudade,
O sublime pincelar do devaneio,
Quando a lágrima, com sabor de mocidade,
Aprisiona o passado em meu seio.


Pelas mãos da solitária nostalgia,
O sentimento transforma-se em poesia,
E as luzes no poente gestam rimas
Que dançam, embaralhando minhas cismas...


A noturna quietude a ilusão convida...
Acordam-se os violões dos trovadores...
E eu me embalando em versos de amores
Sonho-me... no poema da tua vida!

17/09/10




Estou Apaixonada
Marly Caldas


Recebi as suas flores
Li os seus poemas
Comi os bombons
e guardei a linda caixa
Olhei a lua cheia
e logo escrevi um poema


Estou apaixonada
Apaixonada a moda antiga
por esse homem antigo
Aquele que afasta a cadeira para eu me sentar
Aquele que abre a porta do carro para eu entrar
Aquele que desce uma escada na minha frente
Aquele que não diz"eu te amo"
apenas demonstra
Romântico...apaixonado...
E eu acho que estou sonhando
mas não...
ele existe...
vivendo comigo uma grande paixão
e no real...nada de virtual....






PODRÉ DECIRLE...
Marta Diaz Fonti


Podré decirle que soy feliz
Es sencillo...
O que usted no me hace falta...
Que he muerto depués de haberlo amado.
Y entonces...
Vendrá a contarme sus secretos.
Su miserable grandeza...
Su pecado de hombre en esta vida.
Y pedirá mi perdón...
Y usted lo sabe...
Desdichada de mí que yo lo amo todavía!!!
Y volveremos a ser dos...
Y tomaré su mano, y besaré su rostro...
Y me cobijaré en su cuerpo...
Y volveré a ser su destino.
Su alegría...su pasión...
Retomaré mis sueños.
Y creeré en la nueva vida...
Pero otra vez ...
No lloraré por su desdén.
Nunca más...
Esta es la última!!!
Seré una sombra...
Sembraré estrellas para mi tumba...
No me turbaré...
Y usted estará inmóvil, conmovido...
Cuando le repita
que es tan poco sin su alma...
Que ya no me hace falta !!!
...dic del 86



PODEREI DIZER..
Marta Diaz Fonti


Poderei dizer que sou feliz
É singelo...
Ou que você não me faz falta...
Que morri depués de tê-lo amado.
E então...
Virá contar-me seus segredos.
Sua miserável grandeza...
Seu pecado de homem nesta vida.
E pedirá meu perdão...
E você o sabe...
Azarada de mim que eu o amo ainda!!!
E voltaremos a ser dois...
E tomarei sua mão, e beijarei seu rosto...
Cobiçarei seu corpo...
E voltarei a ser seu destino.
Sua alegria...sua paixão...
Retomarei meus sonhos.
E acreditarei na nova vida...
Mas outra vez não chorarei por seu desdém...
Nunca mais...
Esta é a última!!!
Serei uma sombra...
Semearei estrelas para minha tumba...
Não me conterei...
E você estará imóvel, comovido...
Quando lhe repetir
que é tão poucosem sua alma...
Que já não me faz falta !!!
...dic del 86





Lágrima... Bem Ou Mal Do Meu Viver
Meg Klopper



Lágrima de sal
que escorre lânguida
Desonesta e fugidia
Poderosa e assaz!
Cumplicidade
de quem jazeu,
não cumpriu a palavra,
não satisfez sua paz.

Pranto descabido
Um tudo-nada; pouquinho
Barulhenta, faz soluço
Dengosa, é grito só.

Dor profunda que rola
escorre,

deságua em qualquer lugar.
Enodoa a garganta, fecha
Lacrimeja pela emoção
Solta e lídima, sofre
a perda e desilusão.

Lágrima sôfrega, passageira
De mulher, costumeira
De criança, é manha, teimosia
De homem é tristeza ou alegria
Passa...

Lágrima do saber profundo
Que cai sobre a flor
que cobre o ataúde
Que se despede de quem se foi
Que corrói o laço do cansaço
Que esparrama e dói

Do bebê que quer mamar;
Do doente que sente dor;
Do solitário que quer companhia,

Que rola saudosa na face idosa
Sobeja do orvalho que molha o dia.

Lágrima de moça, lírio do brejo
Cordões que chacoalham grãos
Lágrimas de Nossa Senhora, biurá
Deflui em olhos rasos d'água
para desafoguear a face rubra
descomposta a prantear, a chorar.

É quente, molha a gente,
Lágrima verdadeira, do sorriso
Lágrima hipócrita, do crocodilo
Aquela de desnorteio, desespero
Lágrima da raiva, do perdão

Lágrima de Lázaro ressuscitado
Chorou pelo Cristo, que lhe
devolveu a vida,
Libertando-o da morte...
Aquele que foi seu dileto irmão,
Com um abraço chorou comovido,
Emocionado, apertou sua mão.

Lágrima da criança que acaba de nascer
Do choro que lhe faz gritar, sem reconhecer
A mãe à sua espera sentindo o vazio do ventre
Abre seus braços e chora diante do ser inocente.

Niterói, 22 de Agôsto de 2007



DESENGANO
Nanci Laurino



Recomeçar como se algo pudesse apagar
as marcas deixadas pelo desengano.
Na luta para conservar um grande amor
exausta lanço meu olhar
ao derrotado amor.
Encoberto pela dúvida ali ele jaz.


Continuar a amar
com essa perseguição na mente
Que nada apaga, apenas provoca
ódio latente.


Lembranças amargas
que só mesmo a força do amor
Nos convence.

07/05/08





Paixão Cigana
Neide de Oliveira (Cigana)



Assim como rio corre para o mar
Duas vidas e um destino conseguiram se encontrar
Ser tua é minha sina
Eu que por um cigano fui me apaixonar


Sou cigana, sou mulher
Sou magia e sedução
Mais a você meu cigano
Entreguei meu coração


Em noites de lua cheia olho para o céu a pensar
Tão grande é o meu desejo
De contigo agora estar


Ao som de violinos quero a ti me entregar
Desejos incontidos que nem posso confessar!
Delírios de um beijo que me faz arrepiar
Sinto o cheiro do teu corpo a me alucinar


Sentada junto a fogueira
Continuo a imaginar o quanto será gostoso fazer amor ao luar
Ver refletir minha alma no brilho do teu olhar


De mãos dadas pela vida, eternamente a caminhar
Com amor e alegria
Nossos rastros haveremos de deixar
Uma paixão cigana no ar...





O Amanhã nunca morre ...
Nídia Vargas Potsch



Quando teus braços ao meu redor
Em mágico sonhar me encontram
Olhos se fitam, bocas se administram
Apoderando-se do que sabem de cor ...


Sempre em ti pensando a cada passo
Vou reflexão em reflexão te desejando
À procura do teu carinho até quando?
Não consigo acertar esse descompasso.


Seja sisma ou um destino verdadeiro
Quero-te comigo, meu velho guerreiro
Pra confortar e aquietar meu coração


Se a Esperança conosco segue primeiro
Porque renasce no coração por inteiro
O amanhã nunca morre sem definição!





AH! COMO EU TE AMEI....
by Penhah Castro



Amei-te
com a doçura das águas
de um rio calmo,
numa manhã de sol...


Amei-te
com a ternura
que um passarinho
é protegido pela mãe
no seu ninho...


Amei-te
como uma fera
que em cada cio
enlouquecia...


Amei-te
na madrugada da vida
quando o mundo silenciava
e, eu gritava todo o meu amor...


Amei-te
como tigresa
que nunca larga sua presa
protegendo-a e guiando-a...


Amei-te
como uma deusa
e, dei-te tanto, tanto
que fiz da tua vida
um eterno encanto...




Ao som do violino
Priscila de Loureiro Coelho


Enroscados de modo sedutor
Nossos corpos deslizam pelo salão
Embriagados por um fogo interior
Acompanhando o violino com paixão

Os passos e volteios sensuais
Insinuam-se na penumbra do ambiente
Desafiam a elegância dos casais
Que dançam, ao redor, de modo displicente

Avoluma-se nossa ansiedade
Na medida em que a melodia se inflama
Nossos corpos se encaixam com facilidade
E os passos desenham curiosa trama

Os toques nos permitem fortes sensações
Aguçando o desejo que entorpece e vicia
Aquece, ferve o sangue, pulsa vibrações
Enquanto você sussurra e me alicia...




Toda uma História, trajetória, música no Ar
Rivkah Cohen



Mil vezes tentei seguir,
mas algo não deixava continuar..
Quando pensava estar solando,
um acorde me fazia despertar.
Claves esfarrapavam um ponto,
impossível de passar.
O Ré vibrava tanto
que não me deixava fluir
e me via chorar.
Por motivo de espaço,
o Mi aguardava um adagio
com só uma voz a solfejar..


Elohim, quantos anos!
A 'santa madre',
Reis endividados
o engodo, maior dos enganos
onde vi
o mundo inteiro se calar!


Nenhum momento foi 'piano', 'piano',
que pudéssemos celebrar,
mas de ponto em ponto,
hoje temos Terra
onde somos donos
e agora
acenam com uma guerra
que não deveriam deflagrar.


Se não souberem
sobre o que eu conto,
eu
infelizmente,
não consigo apagar..





MANCHAS DO DESTINO
Rogério Miranda (Poeta da Paz)


O tempo passou voando
em direção do amanha
levando o amor
que não soube viver
o passado deixando marcas
que são manchas do destino...


Para onde foram as pétalas
dos sonhos?
tudo foi ilusão da noite
que transmutou a falsa liberdade
de sentir o calor de um beijo..


O que sobrou foram sementes secas
da ilusão que acreditou nas palavras
que estavam escritas nas estrelas,
sumindo no amanhecer da ressaca da saudade...


Sombras desmanchadas pelo vento
levou pensamentos de uma realidade
que virou lenda do destino
deixando a solidão como companheira
a saudade que perdeu a força
em lágrimas da solidão...


3 de out. de 2010

Nossos Poetas



GOTAS DE SAUDADE
*Fanny*

Brotam gotas de saudade no olhar...
Caem dolentes no crepúsculo da solidão...
Submergem no triste abismo do mar...
Perdem-se na corrente da ondulação.

Esmorecem os meus olhos vazios...sofridos!
Sangra o coração, matizando a essência,
num profundo torpor incompreendido.
Artimanhas vis do destino, sem clemência.

Deambulo ferida na penumbra do sonho...
Jaz o silêncio perplexo, escuta-se o vento
inflamado de dor...Toca-me medonho!...

De asas quebradas, despojada de razão
cerro as janelas da alma...aninho-me
no leito da nostalgia, afago a recordação.




PORQUE INSISTES?!
®Ferdinando

Porque insistes em pisar o meu caminho?!...
Porque me olhas na palma da tua mão,
porque me ofertas o sol do teu carinho?...
que pinta o horizonte silente da tua ilusão!

No sonho ilusório que induz tua firmeza
oh! A magia dos teus sonhos de algodão...
caminhas copulada em ingénua nudeza!...
Mendigando nada mais, que uma paixão!...

És a indigente no final da louca caminhada,
em nadas de fumo, como fogueira apagada
delirante quimera :– fruto da tua alucinação!

Fizeram-te sombra, em amarelecido distante:
- para lá do mistério em qualquer vulto errante...
que nunca conheci!. Insano sentido da razão!!...

Germany 25-01-08




DOCE AMIZADE
George Alves (Joe'A)

Como uma cravo, decaído no deserto
seco, sem viço, sem vida
não resistia, me entregava, desbotava
Sem esperanças, minhas petalas murchavam

Foi quando voce apareceu com seus cuidados
com seu apoio, com seu calor
me irrigou vida,me estimulou, me levantou
Deu perfumes de esperanças as minhas fragrancias

Desinteressada e diligente amizade
me apoiou, me aconchegou, me deu ombro
para eu chorar, desabafar, a minha dor
Me fez perceber que no deserto pode haver sonho

Minhas petálas ganharam cor
passaram a exalar perfume sedutor
ja apreciava as brisas, ja resistia aos ventos
dos seus cuidados nao mais precisava...só do amigo calor

Ja me sentia como na primavera
estação do sol, das brisa e do amor
Amizade, ja queria calor,cuidados, carinhos,
carente, envolvido, preciso agora é do seu Amor




CANÇÕES DE AMOR
Guida Linhares

Cantam os pássaros em louvor à natureza.
A cotovia desabafa com seus tristes pios.
O rouxinol extasia em seu trinado beleza,
e o sabiá canta com a força dos brios.

Canções de roda atraem as crianças
e até os anciãos lembram suas modinhas.
As canções de ninar das mães são bonanças
e os jovens cantam juntos em rodinhas.

Mas há uma canção toda especial!
Aquela que brota do mais puro Amor,
no coração que palpita pleno de encanto.

Pare e escute! Ela te cobrirá com um manto
de estrelas cadentes em seu resplendor.
Amorosa sintonia se desvelará. Não há nada igual!




INTERLÚDIO APAIXONADO
Itana Goulart

Me cobre de paixão e beijos
como que enlouquecido
instiga e sacia meus desejos...
Mapeando meu corpo com as mãos
deixa-me tonta, perco a razão ...

Meu vulcão interior despertando,
de paixão explodindo,quase morro...
com quentes labaredas soltando...
sussurro com a pele em fogo:
Vem meu selvagem lobo!




AMOR DE VERDADE
JRonaldo-JR


Amor de verdade
só deixa saudade
é uma verdade
para sentir na eternidade

Nesse plano? que ilusão
aqui pura paixão
há quantas chamamos de querida
em apenas uma vida?

O amor verdadeiro
desbrocha com uma flor
unindo material, espiritual e mental
torna-se celestial

Esse não se define
só o sente quem se "une"
é trascendental
Porque nao dizer "universal"...

Quando sua primeira intenção
for para seu irmão
poderá sentir a integração
do amor verdadeiro e da "união"

É como a evolução
acredite...meu irmão
essa é a realidade
como só existe uma "verdade"

Ah!! o amor paixao?
caminho para a evolução
apesar da materia e cotidianos
prevaleçe no maximo por sete anos

Não é necessario dizer mais
que ouça quem for sagaz
se não conseguir "compreender"
pelo menos tente "entender"




UMA CANÇÃO UM VIOLÃO
João Paulo Cruz Santos
(Zonzo)


Numa manhã ensolarada
estava eu dedilhando as cordas do violão,
meu companheiro nos momentos de solidão,
quando transformei o amor numa canção
pensando na minha amada.
Quem é este amor?
Virtual?
Real?
Não importa!
Só sei que um dia entrará pela porta
e perguntará:
esta canção é para mim?
Responderei que sim.
Quer saber como essa história terminará?
Não revelarei esta intimidade.
Pois assim, olhando para o meu amor,
para evitar qualquer outra indiscreta
revelação,
escrevo a palavra FIM

Fortaleza,21 de dezembro de 2009




ETERNO AMOR
Jorge Humberto

Presença constante, em minha vida,
dizer-te que já te amava, quando,
nem sequer, te conhecia, poderá soar
a ridículo, mas esta é a única verdade credível.

Não sei onde nos conhecemos, antes
mesmo, de nos conhecer, mas esse é um facto,
que fez – e faz – perdurar nosso amor,
em eternas juras, que nos levará pla vida fora,
até sermos bem velhinhos.

Nunca em nós a dúvida restou, de que,
esse amor, era deveras especial, e o encontro
seguiu seu curso natural.

Que coisa é essa, que umas simples palavras,
trocadas, fez-nos saber, que éramos um para o outro?

Ah, reparem como nosso amor é sincero:
de séculos… de entrega…

Sempre fomos, de nós mesmos… não o sabíamos –
até que, buscando forças, me declararei a ti, meu amor…

Disseste… que, sim!
21/05/08





CHOVEM MEUS OLHOS
Jorge Linhaça

Estes meus olhos que chovem pra dentro
Molham-m'a alma, afogam-m'a dor
Chovem neus olhos, reféns do amor,
Quando na noite teus sonhos adentro

Na tempestade do meu sentimento
Chovem granizos ao meu derredor
Tudo parece de todo maior
Sou carregado na força dos ventos


Estes meus olhos, tão secos por fora
Como o solo do alto sertão
Escondem dentro um'alma faminta

Que, de joelhos, ao céu hoj'implora
Dos seus pecados o eterno perdão
Chovem meus olhos...em traços de tinta.





FALE POETA!
(Lilia Machado - 13/8/06 - 23:55hs)


Poeta, por favor, não morra!
Precisa-se de alguém que fale
E que ao falar, não erre...
Precisa-se de alguém que solte o verbo!

Poeta, por favor, não cale!
Por favor, fale... fale até perder a calma!
Mesmo que te julguem falho...

Ainda que pensem
Que é loucura sua... fale!
Esfregue, com lisura,
A verdade na cara deles...

Há retorta na vida deles
Só retorta... pra não verem
Que a fome persegue os pequenos!

Fale poeta!
E dos seus versos faça canto alto
Pra acordá-los desse sono...

Quem sabe
Ouvindo o canto dos seus versos
Despertem menos infames,
Quem sabe evitem a fome?





ÚLTIMO PARÁGRAFO

Luiz Poeta ( sbacem-rj ) - Luiz Gilberto de Barro
Às 9 h e 51 min do dia 30 de janeiro de 2007 do Rio de Janeiro,
MENÇÃO HONROSA NO CONCURSO REALIZADO
PELA 1ª CIRANDA/CONCURSO - CARTAS -
TEMA LIVRE
da Ciranda de Letras


Tua carta chega...quero abri-la...hesito...
Temo o conteúdo... já choramos tanto...
Até quando rio, meu sorriso aflito
Perde-se no frio do meu próprio pranto.

Recorto o envelope, cuidadosamente...
Temo macular as frases esperadas;
Sinto até teu cheiro... o odor não mente...
O mesmo Magriffe das cartas... perfumadas...

O papel é fino, personalizado...
Tem o teu retrato impresso... Como és linda !
Meiga, afetuosa... e eu... extasiado
Apesar de tudo, eu te amo... ainda !

Desdobrando os vincos... trêmulo... ansioso,
Fecho logo os olhos porque, ao fazê-lo
Quero, no papel, tocar-te...carinhoso...
Ah...o teu olhar ... como eu queria vê-lo...

As palavras saltam mansas, desenhadas
Pela solidão de uma caligrafia
Magnetizando suas convidadas:
Minha emoção, a dor e a fantasia...

Tudo é como um rio que, com a enchente,
Puxa o meu navio... e o navegador
É o meu olhar que busca, na corrente,
Saber o que sente esse teu amor.

A primeira folha conta a nossa história
Real, verdadeira, sem constrangimento:
E a outra fala de uma trajetória
Repleta de dor, de amor e sentimento...

No último parágrafo... a frase que escreveste,
Diz: - Por tudo isso, amor é que eu te... Não !
Fora do do envelope, por Deus...esqueceste
A folha derradeira... e o teu coração.






MINHA MENINA
Luiza Porto


Como passarinho, ela se foi, para fazer
um novo ninho, fiquei muito triste, uma
tristeza misturada com alegria.
Ensinei ela a voar, com suas próprias asas,
e o céu será o seu limite, e as estrelas o seu caminho.
A casa ficou um pouco mais silenciosa,
sem seu sorriso ensolarado, e sua franqueza, em
nossas conversas.
Esse quer bem que faz de minha menina... Única.
Agora ela é visita, no jardim da minha vida,
mas uma visita sempre bem vinda e amada.
Quem sabe, das montanhas e dos mares que terá que cruzar.
Mas, aqui sempre terá um porto seguro.
Tem agora, novas responsabilidades, marido,
casa, contas a pagar, tenho só uma certeza,
ela se sairá muito bem, nessa nova fase.
Meu desejo que tenha em sua vida,
um caminho florido, e que se houver tropeços,
que eles sejam poucos.
E que saiba que meu coração, estará sempre
aberto para a acolher, sempre que precisar.
Porque meu amor querida por você...É eterno.





CONFISSÕES DA MATURIDADE
Margaret Pelicano


Não deixe nunca de ser romântico,
nem a física quântica explica a extensão do sentimento...
Nem a poesia, nem as rimas sustentam
A ausência do sonho findo!
Os desejos eram tão lindos!

Hoje, o importante, é vencer o medo,
do tempo que célere galopa nas encostas e vertentes,
forçando o rio a corcovear entre montanhas
e o fluxo da vida curvar a pele do rosto, as costas....
posto que o amor ficou em desgosto...

A maturidade me diz: para o amor não tem idade!
Porém os corações humanos, vibrando de vaidade,
Vingam-se ou alienam-se procurando porto seguro:
Melhor a acomodação de um colchão duro
Do que arrojar-se na busca do prometido...

Nada foi cumprido!
No entanto, você já plantou sua árvore,
Já teve seus filhos e eu os meus!
Por certo, defende os animais,
E, no silêncio que se instalou entre nós,

Os anos de separação tiraram o frescor da juventude
qualquer purpurina engalana sua tez de felicidade...

As estrelas nos céus sulinos brilham como sempre!
E você, urso que hiberna em má vontade,
Sente o amor vespertino, e, não assume...
podem vir tempestades e o sol brilhar novamente,
eu fiquei dura de coração e não aceito você pela metade!

Brasília - 09/03/2010





NA CALADA DOS DIAS...
(Maria Inês Simões)


A criança chora em demasia.

O Sol quente derrete a pele, ao meio dia.
O andarilho, tem fome... De fantasia.
Os casais se perdem na "diplomacia".
Têm beijos e abraços negados... Nesta euforia.

E na esquina da rodovia?

Existe um cachorro implorando por companhia.
Uma idosa brigando com o tempo, em agonia.
Um jovem caído da moto, que ironia.
O vendedor de balas... Drogado em alegria.

E a criança de novo... Chorando... É só uma cria.

Nas janelas sem vidraças há fobia.
Nas casas sem telhados há covardia.
No corredor desta vida não tem enfermaria.
E quem não sonha ganhar na loteria?

Criança... Criança... Que gritaria!!!
Mas, cadê a dona Poesia?




AGONIZAM!
Maria Regina

Agonizam os amores subjugados pelo ódio
famigeradamente alimentado pela vingança
em mentes famélicas e extremistas,
a vida e tudo o que dela advêm

Agonizam as nações massacradas por ideais
maniqueístas voltados ao malfadado mal,
que justificam a retórica bélica como solução
àquilo que somente aceitam o amor e a paz mundial.

Agonizam todos ante o ceticismo degenerado,
inerente ao ódio que fomenta a ignorância
céptica, onde esta o radicaliza;
somos potenciais vítimas e executores
da simbiose ignorância-e-ódio

Agonizam todos aqueles que agem
pela retórica acima do Amor,
da Justiça e da Paz!